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"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."

Martha Medeiros

Psicologia Analítica

Segue alguns conceitos da linha teórica:

Psique: A psique, essencialmente simbólica, reúne todos os aspectos da personalidade, os sentimentos, pensamentos e comportamentos, tanto conscientes como inconscientes: sua função consiste em harmonizar e regular internamente o indivíduo, orientando-o para o convívio social, além do que ela tem uma função teleológica ou seja, ela sempre possui um objetivo e direciona o indivíduo para a realização de um propósito relacionado a essência de cada um. Segundo Jung, ao nascer cada um já traz consigo uma essência, a qual precisará se tornar consciente, desenvolver-se e atuar no mundo de maneira integrada e harmônica. Porém, quando tal não acontece, a pessoa se distancia de si própria, criando doenças físicas ou psíquicas, que geram conflitos e desavenças. A psique é constituída por diferentes partes, que interagem: a consciência, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

Inconsciente: Referente a tudo que desconhecemos em nossa psique, é formado por duas partes: inconsciente pessoal e coletivo.

O inconsciente pessoal reporta-se às camadas mais superficiais do mesmo, onde se escondem as experiências rejeitadas pelo “eu” e, consequentemente, reprimidas ou desconsideradas, como lembranças penosas, conflitos pessoais ou morais. Ali estão igualmente ocultos inúmeros traços de nossa personalidade que nos desagradam e, por tal, são por nós ignorados. Os conteúdos do inconsciente pessoal, via de regra, têm fácil acesso à consciência, quando tal se faz necessário. Ele encerra também os complexos, aglomerados de sentimentos, pensamentos e lembranças carregados de forte potencial afetivo, incompatíveis com a atitude consciente.
 

Gráfico mostrando a estrutura psíquica segundo Carl Gustav Jung. De dentro para fora das circunferências temos a consciência, o insconsciente pessoal e o insconsciente coletivo.

O inconsciente coletivo é o depósito das “imagens primordiais”, que nos remetem ao mais primitivo desenvolvimento da psique. Essas imagens, herdadas de nossos ancestrais — nossos antecessores humanos, pré-humanos e animais — são predisposições ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo, comportamentos, reações e memórias inconscientes que carregamos do passado, como um elo que nos liga a nossos mais remotos antepassados. Os conteúdos do inconsciente coletivo ativam padrões pré-formados de comportamento pessoal, determinantes de certos traços de personalidade inatos. Como exemplo ilustrativo deste fato, temos a “imagem primordial” de “Mãe”, que um bebê reconhecerá ao ter a percepção de sua mãe verdadeira, a ela reagindo.
 

O Ego (Eu) é um termo usado por Jung para representar o complexo que constitui o centro da consciência. Ele compreende toda a consciência que um indivíduo tem de si, suas qualidades e características relacionadas ao contexto social a que pertence, sua personalidade total. O “eu” é uma função mediadora entre o consciente e o inconsciente, entre o individual e o coletivo. É ele que organiza a mente consciente por meio das percepções conscientes: pensamentos, sentimentos e recordações, e tem a função de vigiar a consciência, filtrando as experiências do dia-a-dia, selecionando quais se tornarão conscientes e quais serão relegadas ao inconsciente. Como consequência desta seleção e eliminação da consciência, que será comandada pela função psíquica dominante do sujeito, o “eu” dá identidade e coerência à personalidade. O “eu” contém tudo aquilo que o sujeito sabe de si próprio, ou seja, todas as características por ele aceitas: aquelas que estão de acordo com os princípios, os ideais e os valores do contexto social em que o próprio sujeito se reconhece.

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